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Sábado - 1 Novembro 2025

EXCLUSIVO: “A parte emocional dos meus laços afetivos, é a família, os meus pais e o meu irmão”

Destaques

Nome: Tiago Pereira

Idade: 34 anos

Onde é que vive: Manchester a 20 minutos do Centro de Manchester a pé.

Profissão: Freelancer de música e dou aulas de música a alunos até aos 18/19 anos

Há quanto tempo está fora de Portugal: 8 anos

O que faz para matar as saudades de Portugal: Fui a Portugal estive lá até sexta-feira passada. E por acaso as memórias ainda estão bem vivas.

Eu acho que da parte emocional dos meus laços afetivos. É claro que é a família, os meus pais e o meu irmão, que estão lá, eu sinto sempre muitas saudades deles.

Da parte cultural, também sinto falta, mas o que me faz mesmo diferença é o clima. Porque em Portugal, temos o privilégio de ter um clima muito agradável às vezes também um bocadinho calor demais para ser honesto, mas o Sol faz muita diferença porque aqui em Manchester chove muito mesmo durante o Verão.

Hoje está sol agora neste momento, mas tem alturas, desde que cheguei na sexta até ontem esteve assim mais ou menos, mas esteve sempre a chover. Ou seja, mesmo, durante o Verão chove muitos dias e durante o Inverno os períodos de luz, são muito curtos porque amanhece por volta das 8 da manhã. E depois o Sol põe-se, por volta das 4:30 da tarde. É um bocadinho difícil uma pessoa habituar-se, chove bastante. É um bocadinho deprimente.

Eu tenho muitos amigos portugueses aqui até uma banda de amigos meus e são praticamente quase todos portugueses, somos um minigrupo de amigos, de pessoas portuguesas.

Em relação a restaurantes, também há muita falta aqui, e a comida, não é fácil conseguir replicar. Eu felizmente cozinho e desenrasco-me bem na cozinha. Acho que tirei isso dos génes da minha mãe. É algo que eu gosto muito de cozinhar, mas, tem que se ir a um supermercado português, e comprar certos ingredientes ou produtos que aqui nós não encontramos no Reino Unido.

Por outro lado, aquela Independência entre aspas, a obrigação de ter que fazer as coisas por mim, já não ter a minha mãe a cozinhar. Acho que me fez crescer bastante e encontrar formas de cozinhar, que apesar de estar fora de Portugal, me faz lembrar e perceber, que culturalmente eu ainda continuo ligado ao meu país, porque a forma como cozinho e as coisas da forma como eu, cozinho ainda sou muito influenciado pela comida portuguesa.

Eu gosto de muita coisa, há coisas que ao longo do tempo fui gostando mais e menos de acordo com o tempo. Mas acho que se tivesse de dizer um prato preferido, talvez a francesinha, que é uma daquelas coisas emblemáticas em Portugal, que uma pessoa, gosta sempre de comer.

Por norma como-as na Lousã com os meus pais, ou em Coimbra, e quando tenho a oportunidade e vou ao Porto também, é uma das coisas que faço sempre questão de comer, se eu tivesse o meu segundo prato favorito, talvez carne de porco à alentejana.

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