Deu arranque no dia 8 de setembro no Teatro Ibérico a apresentação daquilo que será o Tribeca Festival Lisboa 2025. O local escolhido em Xabregas, uma zona em Lisboa a desbravar. O evento conta com a duração de três dias, entre 30 de outubro a 1 de novembro. Já começa a cheirar a outono, e com ele os grandes eventos da estação. A sala da apresentação esteve repleta de convidados, atores e realizadores das películas a apresentar no festival. O Jornal Comunidades Lusófonas esteve presente e falou com alguns atores e a organizadora do evento Mónica Serrano.

A apresentação teve início às 17.30, onde foi revelado alguns pontos do evento, Mónica Serrano abriu a sessão falando um pouco sobre o acidente ocorrido em Lisboa a passada semana em Lisboa.
De seguida fez as devidas apresentações sobre o que este festival representa para Lisboa e não só. “São eventos que dão a conhecer ao mundo que Portugal também tem estrutura para levar à frente este tipo de organizações.” Destacou.
A homenagem à cantora Rita Lee, com o filme “Ritas”, foi o centro das atenções, em homenagem à cantora brasileira.
No palco estiveram realizadores que tertuliarium sobre os filmes em que estão envolvidos e que trará surpresas ao festival.
Em exclusivo ao Jornal Comunidades falamos com a organizadora, Mónica Serrano, que nos revelou um pouco sobre o festival, e que coloca Lisboa no epicentro da cultura ao nível nacional e internacional.

Segundo Mónica Serrano, revelou que foi uma viagem que começou já há quase três anos, “em que percebemos que o organizador de Nova Iorque queria internacionalizar-se, e tinha feito algumas experiências na Europa e noutros países como por exemplo no Dubai. Mas não percebíamos a dimensão e a internacionalização que queriam fazer e quando nos apresentaram para nós foi imediato que fazia todo o sentido entrarmos nesta conexão. Queremos muito dar palco aos nossos atores e não só à sétima arte, mas a todas as artes em Portugal para poder mostrar o nosso talento para fora. Portanto, esse foi o nosso principal objetivo e a razão pela qual a SIC pretende também desenvolver essa parte Internacional. Foi esse o nosso principal objetivo e daí começaram as conversas, e quisemos muito trazer o ano passado com a primeira edição do Lisboa, – naturalmente, foi um primeiro ano muito desafiante -, trazer o ADN de Nova Iorque, mas quisemos manter também o nosso próprio ADN”, atestou a organizadora.
“Pretendemos que a parte de entretenimento tenha um peso muito importante, por isso acrescentámos a música, a arte, e muitas outras vertentes”, refere Mónica Serrano.

Virgílio Castelo, também esteve à conversa com o Jornal Comunidades Lusófonas, onde partilhou uma visão diferente das dos seus colegas de profissão sobre a sétima arte em Portugal. Não foi muito brando, inclusive teceu alguns reparos para melhorar a sétima arte em Portugal. Para o ator “as minhas posições são um bocadinho iconoclastas, ou seja, não são bem as posições da maioria dos meus colegas. Eu não perfilho a ideia da excelência do cinema português. Acho que é um cinema muito criado à imagem da cultura francesa e não da cultura portuguesa, é um filme de realizadores”.
As personagens de um modo geral, são personagens muito desinteressantes para os atores. Porque são personagens que, de um modo geral, veiculam para o espetador. O cinema português é um pouco maçador porque pretende dar ao espetador lições de vida, e isso é um cinema com o qual eu não me identifico, e como ator não me interessa rigorosamente nada, o que é que deve mudar é relatar sobre as grandes questões da existência, que acho fantástico, em vez de falar da vida das pessoas”, explica o ator.

Para Paula Lobo Antunes, não pretende revelar muito sobre o seu trabalho de futuro, mas revelou-nos que a personagem da novela “A Promessa” que já terminou as gravações, foi e continua a ter várias nuances diferentes; como advogada, mãe, e mulher traída. O futuro profissional, por enquanto, ainda está no segredo dos Deuses.

Para terminar este périplo, falamos com o curador do Teatro Ibérico, Rui Tendinha, que revelou que vai haver um dia extra, que é o pré-festival, é uma forma de aos poucos poder crescer este projeto que acaba por ser uma programação completamente diferente da de Nova Iorque, sobretudo por ter a métrica em português, termina o curador.



