A RUMO, é uma cooperativa de solidariedade social, que surgiu em 1981 pelas mãos de um conjunto de técnicos que criaram a cooperativa, com o objetivo de dar resposta, inicialmente, a pessoas com deficiência, sempre muito envolvidos na integração e inclusão, na altura com o Doutor Augusto Sousa, e com mais alguns sócios fundaram a Cooperativa, vai fazer para o ano 45 anos. Quase meio século de existência a apoiar e ajudar quem mais precisa, e tem vindo a evoluir e a crescer junto da Comunidade.
Hoje em dia a RUMO é muito mais do que resposta para pessoa com deficiência, é uma cooperativa que está no Barreiro, mas faz as intervenções ao nível concelhio e algumas ao nível nacional, bem como têm alguns projetos internacionais, nomeadamente os Erasmus. Dando resposta a todos e a todas que mais necessitam, à Comunidade e a todo o público desfavorecido.
Dão respostas a pessoas com deficiência, com apoio e formação profissional para pessoas com incapacidade. Também ajudam os reclusos na inclusão, e integrarem-se no mercado de trabalho para regressarem à sociedade.
Dão um conjunto de respostas, nomeadamente a rede de empregabilidade do Barreiro-Moita com formação para desempregados de longa duração para jovens.
Neste momento têm a funcionar um projeto que é o Incorpora, que trabalha na empregabilidade é financiado pela Fundação La Caixa, e também contam com o projeto Reincorpora que fazem a reintegração de reclusos no mercado de trabalho, juntamente com o estabelecimento prisional de Setúbal.
Também têm uma casa de acolhimento residencial, que responde a 14 jovens em risco. E estão em crescendo, porque há dois anos abriram uma creche. Estão abrangidos pelo o financiamento do PRR a realizar uma obra na cidade, na remodelação do edifício para uma creche.
Tem ideia quantas pessoas já ajudaram ao longo destes 45 anos?
Segundo a presidente é difícil aferir um número de quantas pessoas já apoiaram ao longo de quase meio século, mas deu-nos uma estimativa de cerca de cinco mil pessoas por ano. Em todas as áreas de intervenção humanitária.
Para além dos apoios ao nível interno, do Estado e outras Associações, também recebem apoio com os projetos Erasmus. Dando alguns exemplos de países com quem já estiveram envolvidos, com alguns projetos, nomeadamente: Bélgica, Lituânia, Bulgária, Eslovénia, alguns projetos mais dedicados à ciência, a outros públicos, mas sempre muito virados para a metodologia de emprego apoiado.
Durante a iniciativa comunitária, estiveram também muito ligados ao movimento do emprego apoiado com essa metodologia de integração no trabalho a várias franjas da sociedade, e não só as pessoas com deficiência, com uma metodologia que é amplamente divulgada e que é utilizada em todo o país, o método de proximidade, para que as pessoas consigam o seu emprego e a sua integração plena.
Têm espaço físico onde possam apoiar os mais desfavorecidos?
“Nós temos um espaço que é a casa de acolhimento residencial que alberga 14 jovens. E que compreendem jovens dos 14 aos 18 anos. Não quer dizer que não fiquem mais tempo, mas a resposta é até aos 18 anos.” Refere a Presidente.
Acolhimento residencial é a única resposta que têm, tudo o resto vão fazendo parcerias com outras entidades.
Participaram no NPISA do Barreiro, o núcleo de intervenção para pessoas em situação de sem abrigo, na qual consiste num conjunto de entidades, e que cada uma tem o seu papel, onde trabalham mais na área de empregabilidade. Depois, há outras instituições que têm as áreas do alojamento. “Nunca é suficiente.” Desabafa Rute Pires.
São financiados pelo Estado, mas cada projeto tem o seu financiamento. O IEFP, a Segurança Social, as autarquias do Barreiro perto da Moita. O PRR e o Erasmus também dão algum financiamento.
O Instituto Nacional de Reabilitação, é outro órgão ao qual se candidatam a programas, e também têm tido financiamentos para determinadas atividades, nomeadamente quando fazem com os utentes colónias de férias. Vão uma semana com eles dando um descanso merecido ao cuidador, e também estão a desenvolver um grupo de dança inclusiva.
Os Erasmus
Existem vários tipos de financiamentos do Erasmus. “Fazemos candidaturas ao KA2, normalmente é a formação ou divulgação, é trabalho junto das instituições que se propõem a fazer a partilha de conhecimentos entre instituições.
Normalmente o Erasmus consiste na mobilidade de estudantes, mas este não é o caso, trata-se mais em termos da vertente da formação, da partilha de conhecimentos, entre instituições.
“Fazemos candidaturas e depois, temos entidades, instituições parceiras com quem fazemos intercâmbio de conhecimento, nacionais e estrangeiras,” explica a Presidente.
Um apelo que pretenda deixar
Segundo a Presidente, considera que muitas das vezes tem de haver uma ligação mais próxima junto das instituições. Porque às vezes, os financiamentos não estão tão adequados à realidade das mesmas. É pedido demasiado às famílias, e estão a dar mais do que aquilo que podem. Pede-se que haja uma maior proximidade do Estado, no sentido de ver a realidade de cada instituição.
Apesar de em Lisboa, os governantes terem aquela ideia de que a região de Lisboa e Vale do Tejo é uma região mais rica, não é bem assim.
Enfrentamos algumas dificuldades e é a proximidade que faz com que exista uma maior adequação das regras, que é importante.” Conclui a Presidente.



